sábado, 6 de dezembro de 2008

O Fim da Idade Média

Nos dois últimos séculos da Idade Média, começaram a despontar os sinais dos novos tempos que revolucionaram a vida da humanidade a partir do século XV. Nesse período, a Europa experimentou uma série de mudanças: os reinos cristãos se consolidaram e expandiram suas fronteiras internas, o comércio de produtos de luxo e alimentos ganhou impulso.
A mudança das condições políticas, sociais, econômicas e culturais na Europa cristã do século XV definiu uma nova idade histórica: a Idade Moderna. Vimos que vários fatores contribuíram para enfraquecer o poder dos senhores feudais a partir do século XIII. A centralização e o fortalecimento dos Estados nacionais tiraram uma boa parcela de seu poder.
Durante os últimos dois séculos da Idade Média, a Europa feudal se expandiu. Novas terras foram colonizadas; a população aumentou. Havia uma necessidade real de ampliar a produção de alimentos.
A expansão atlântica foi a segunda expansão européia, por assim dizer. Do mesmo modo, a expansão comercial do final da Idade Média exigia metais preciosos, sobretudo ouro e prata.
Os “descobrimentos” do fim do século XV e início do século XVI ampliaram o espaço geográfico dos europeus. Povos que se desconheciam mutuamente entraram em contato. O capitalismo comercial aproveitou a expansão ultramarina e trouxe para a Europa novos produtos e oportunidades de investimento.
Os Estados nacionais se fortaleceram ainda mais com a formação de impérios coloniais ultramarinos: o sistema colonial do início dos tempos modernos visava aumentar a arrecadação de impostos da Coroa e enriquecer as monarquias nacionais. A economia
mundial capitalista estava prestes a nascer.
Ao mesmo tempo, surgiram uma nova mentalidade e uma nova ética. A reforma religiosa do início do século XVI ajudou a fixar novos padrões de comportamento, mais afinados com os novos tempos. As cidades tornaram-se os centros da nova cultura que surgiu na Idade Moderna.

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