segunda-feira, 9 de março de 2009

O “Descobrimento” do Brasil


No seu diário de bordo, Vasco da Gama registrou ter percebido sinais seguros da existência de terras a oeste da sua rota. Sabendo de tais indícios, D. Manuel , rei de Portugal, organizou uma grande esquadra, com treze navios e 1500 homens, para retornar às Índias, estabelecer relações diplomáticas e garantir o monopólio das especiarias. Essa missão foi chefiada por Pedro Álvares Cabral. A esquadra partiu no dia 9 de março de 1500 e, seguindo as orientações de Vasco da Gama, afastou-se da costa africana em direção ao oeste.
No dia 22 de abril de 1500, avistaram um monte, que denominaram Monte Pascoal. Depois de ser celebrada a missa tomando posse da terra, Cabral expediu um navio para Portugal para informar ao rei a descoberta de novas terras. Em seguida partiu para executar o roteiro oficial de sua viagem: as Índias.
Antes dos europeus aqui chegarem não havia Brasil, mas a terra onde centenas de nações indígenas, divididas em grandes grupos étnicos, viviam, com sua cultura bastante diferente da dos portugueses.
Em geral, não havia propriedade privada. Apenas os instrumentos de trabalho, como arco e as flechas, eram de propriedade individual. A divisão de trabalho era feita por sexo e idade. Aos homens, cabiam as tarefas de caça, pesca, preparo da terra para o plantio, construção das habitações e a guerra. Cada aldeia era governada por um chefe, que era auxiliado por um conselho formado pelas pessoas mais velhas e respeitadas da aldeia.
Nos primeiros contatos com os portugueses, os índios se mostraram bastante amistosos e curiosos. Os portugueses logo aproveitaram-se dessa situação para usá-los no corte e carregamento do pau-brasil. Por esses trabalhos recebiam quinquilharias sem valor como chapéus, faca, machado, espelho, etc.
Com o desenvolvimento da cultura açucareira, passaram a trabalhar como escravos. Na época do descobrimento, acredita-se que existiam cerca de 2 a 5 milhões de índios no território brasileiro. Já no século XVIII, após serem vitimados pelas doenças, exploração escrava, mortos em luta de resistência ou simplesmente abandonados a sorte após a destruição de sua cultura e habitat, não existiam mais que algumas dezenas de milhares de índios.

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